23 de novembro de 2015

:: Resenha 107 :: Juliette Society, Sasha Grey


Sinopse: Se eu te contasse que existe um clube secreto, cujos membros pertencem à classe mais poderosa da sociedade – banqueiros, milionários, magnatas da mídia, CEO’s, advogados, autoridades, traficantes de armas, militares condecorados, políticos, oficiais do governo e até mesmo o alto clero da Igreja Católica –, você acreditaria?
Este clube se reúne sem regularidade, em um local secreto. Às vezes em locais distantes e às vezes escondidos. Mas jamais duas vezes no mesmo lugar. Normalmente, nem mesmo duas vezes no mesmo fuso horário.
E esses encontros, essas pessoas... não vamos enrolar, vamos chamá-las do que são, os Mestres do Universo. Ou o Braço Executivo do Sistema Solar. Então, essas pessoas, os Executivos, usam os encontros como uma válvula de escape do cansativo e estressante negócio de estragar ainda mais o mundo e criar novas maneiras sádicas e diabólicas de torturar, escravizar e empobrecer a população.
E o que eles fazem em seu tempo livre, quando querem relaxar?
Deveria ser óbvio.
Eles fazem sexo.
Catherine, uma estudante de cinema encantadora cuja a sexualidade foi recentemente despertada, é apresentada a um clube secreto onde as pessoas mais poderosas do mundo se encontram para explorar suas fantasias sexuais mais profundas e obscuras.
Contudo, apesar de estas experiências colocarem Catherine diante de novos e intensos prazeres, eles também põem em risco tudo que ela tem de mais precioso. 
Em seu romance de estreia, Sasha Grey leva o leitor a uma sociedade sexual privada e sofisticada, onde tudo pode acontecer.”

Bem, vamos começar esta resenha te explicando quem é Sasha Grey. Segundo o Wikipédia,  Sasha Grey (Sacramento, 14 de março de 1988) é o nome artístico de Marina Ann Hantzis, que é uma premiada ex-atriz pornográfica norte-americana (em 2011 anunciou sua retirada do cinema pornô), que neste momento atua como cineasta, escritora, fotógrafa, artista performática/transgressiva, musicista e também já atuou como diretora de cinema. Utilizou originalmente o nome Anna Karina (inspirada na ex-mulher de Jean-Luc Godard), antes de se decidir pelo nome atual. Ela afirmou que o sobrenome "Grey" representa o romance O Retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde, e também a escala Kinsey de sexualidade e Sasha  vem de Sascha Konietzko, do KMFDM (uma banda de rock ao qual ela é fã).

“Eu não quero um homem com nome de caralho. Quero um homem que tenha um caralho.
Não precisa ser grande, mas definitivamente precisa estar duro e ser guiado por um condutor habilitado. Porque não adianta nada pisar fundo no acelerador se você não sabe quando acionar os freios, virar o volante ou trocar de marcha. E a alavanca de marcha? Se você quer enfiá-la em mim, é melhor que saiba usá-la.”

Fiquei sabendo desse livro através da Bell e acabei conseguindo ele numa de minhas trocas pelo Skoob. Bell disse que era incrível e fez todas nós obter seu próprio exemplar. Eu queria que todas lessem e me desse opiniões porque eu vou te falar, eu não curti o livro, não. Foi meio difícil ler esse livro, foi difícil conseguir trechos dele para colocar aqui nessa resenha e eu tive a certeza de que eu sou super machista porque achei absurdas algumas coisas que eu li. Eu entendo que existem muitas pessoas influenciáveis no mundo e que se deixam levar pela leitura e eu vejo esse livro como um péssimo “exemplo” para esse tipo de gente. Fora a estética do livro que eu achei péssima e cansativa.

“Porque eles acabaram de descobrir o que todo mundo em Hollywood, todo mundo na indústria pornô, já sabe há anos e anos e anos.
Tudo parece maior na tela.
Tudo. Mas tudo.
Seja o Tom Cruise.
Ou um pênis de três polegadas.
Porque, ao contrario do que você possa ter ouvido por aí, a câmera sempre mente!”

Estamos falando de um romance ficção, tenho plena ciência disso, mas... vocês só vão entender o que eu quero dizer quando eu começar a falar sobre o livro em si, então vamos lá. Levando em consideração a sinopse que se encontra no início dessa resenha, começamos a leitura super curiosa para descobrir essa sociedade secreta com pessoas poderosas e de muita influência. O livro tem 234 páginas e somente na página 138, lemos sobre a tão famosa Juliette Society. Mais da metade do livro se passa para que finalmente conheçamos a Juliette Society. Uma passagem relativamente rápida e que somente é citada novamente nas páginas finas do livro.

Nesse ínterim, lemos páginas e mais páginas de divagações de Catherine. Um exemplo é a obsessão que ela tem pelo professor da faculdade. Pra falar disso ela começa a falar de personagens de um filme, a relação que esse personagem tinha, um estudo sobre cada personagem, o que poderia ter feito de diferente esse personagem, só pra te explicar que ela tem um tesão por um cara que não olha pra ela. Simples assim.

“Eu penso: que desperdício de bom esperma.
Que desperdício de energia preciosa.
Se ao mesmo alguém inventasse uma maneira de estocar essa energia na fonte. Ou encontrasse uma maneira de transformar em combustível os bilhões de Kleenex rígidos de porra descartados diariamente. Se alguém descobrisse como fazer isso, a maioria dos problemas de energia do mundo seria resolvida em um piscar de olhos. Acabariam as guerras pelo petróleo. Não haveria mais pegadas de carbono. Nada de resíduos nucleares.
Nem mais um centavo da arrecadação de impostos gastos em pesquisas de fusão a frio.
Apenas bilhões de caras suados sentados na frente de seus monitores de computador com as calças em torno dos tornozelos, se masturbando furiosamente com pornografia de internet e a bunda de Kim Kardashian, dia e noite, noite e dia.
Sem um pingo de culpa.”


(Vamos aprender com a Dilma como estocar porra!!! Se ela consegue estocar vento, porra é pinto! Porra é pinto! Sacaram?? huahuahuahuahu) 

Vemos também a mente dela. O que ela pensa (e nossa, como pensa essa pessoa...), almeja, deseja, tudo. Ela tenta o tempo todo justificar o fato dela querer ser uma alma livre, vulgo “hoje eu não vou dar, eu vou distribuir”, mesmo tendo um namorado que ela ama desesperadamente e que quer viver com ele para sempre. Confuso, não?! Pois é.

O que me passou dessa história toda é que ela era uma menina frustrada sexualmente por ser monogâmica. Que ela nutre desejos loucos de distribuir a torto e a direito, participar de surubas, ménages e coisas a fins (digo distribuir porque ela fica possessa quando é paga pra fazer sexo e ela tem desejos de ver o namorado dela, fazendo sexo selvagem com sua “melhor amiga”). 

Até o momento em que ela conhece Anna, sua futura melhor amiga, que tem uma vida exatamente assim, livre,  mas não tem namorado. Aí Catherine quer fazer o mesmo, ter a mesma vida mundana, mas ter namorado e arrumar N justificativas para fazer isso com o cara. Porque sim gente, ela participa de surubas, sim, ela distribui. Huauhahuahuahu!



É isso aí gente! Achei que como autora, ela é uma ótima atriz pornô! Até perguntei para o meu marido se ele a conhecia, mas ele disse que não, ele é da época do old school e ela é muito nova! Que pena, talvez ele pudesse apreciar mais o livro do que eu... huahuauhauha!

Desculpa gente, se fui muito preconceituosa. Acho que é válido toda forma de amor e prazer, desde que não atrapalhe a vida de ninguém, o que não aconteceu nessa história. Talvez isso tenha sido o que realmente me incomodou. Não, na verdade o que me incomodou é que eu não gostei nada da escrita dela, achei a história enrolada demais.... achei um saco mesmo... é isso aí!
Agora acabei! huahuahuahua
Beijo, gente!

Título: Juliette Society
Título original: The Juliette Society
Autora: Sasha Grey
ISBN-13: 9788580448078
ISBN-10: 8580448077
Ano: 2013
Páginas: 236
Editora: Leya
Compre aqui: Amazon
Skoob | Goodreads
Classificação: 

2 comentários:

  1. Nossa um livro tão curto e somente depois da metade dele é que se fala da tal sociedade secreta? Esse livro nunca me chamou a atenção, apesar da sinopse passar esse ar de mistério, sempre tive a impressão que essa seria mais uma historia, no meio de tantas que existe sem muito conteúdo. Depois de ler a resenha, continuo com a mesma impressão, mas pretendo ler ele um dia, quem sabe minha opinião muda.

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  2. Desde quando ouvi falar, esse livro não me interessou nem um pouquinho. Os comentários que eu li, a maioria eram negativos, falando que o livro é chato, que o sexo é o assunto predominante. Eu achei um livro muito pesado, só pela sinopse e pelos comentários, só tive a curiosidade de saber sobre essa sociedade secreta, mas nada que me deixasse tão curiosa assim ao ponto de querer lê-lo!

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